Considerada como empresa líder do mercado das comunicações físicas
em Portugal, os CTT têm uma história de quase 500 anos e um vasto património que
os torna emblemáticos em Portugal. Como operadora postal de referência mundial
e reconhecida internacionalmente, esta empresa tem acompanhado a evolução dos
tempos.
Tudo começou há muitos anos atrás, quando a necessidade dos homens
de trocarem mensagens e combaterem distâncias, fez com que tanto os Reis como
os Estados tentassem tirar partido de todos os recursos possíveis para responderem
a esta necessidade.
Recuemos no tempo…
Primeiramente, os correios tornaram-se uma resposta à necessidade
do Rei e da Nobreza de manterem os súbditos informados sobre os atos políticos,
diplomáticos e económicos. Tornou-se assim um privilégio da Corte.
A Igreja, também com poder na sociedade, criou o seu sistema
exclusivo.
E com o desenvolvimento comercial, a burguesia também sentiu
necessidade de criar serviços privados.
Basicamente, os grandes estratos das épocas, dominavam este meio
de troca de informações, sendo assim o cidadão comum privado de enviar e
receber correspondência.
Em 1560, foi criado por D. Manuel I, o ofício de Correio-Mor:
serviço público em que qualquer cidadão podia utilizá-lo mediante o pagamento
de uma determinada quantia. Este cargo era de nomeação régia, até que em 1606
fora vendido pelo Rei Filipe II à família Gomes da Mata que manteve a posse da
exploração dos correios por dois séculos. Mas, até ao século XVII, o serviço
era especialmente usado pelos estratos mais poderosos, Coroa, nobreza e homens
de negócios.
Em 1797, o Rei incorporou este serviço no Estado tornando-o público.
Surge a Mala-Postas: diligências com a função primária de transporte regular do
correio, com percursos à segunda, quarta e sexta-feira, saindo às 5 da manhã e
acabando o percurso às 21h do dia seguinte. Mais tarde foram complementadas
redes de correio que consistiam na distribuição ao domicílio.
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Mala-Posta, foto de |
Com o “Fontismo” e as suas reformas revolucionárias em Portugal,
Fontes Pereira de Melo faz com que o diploma da Reforma Postal seja aprovado: a
matriz do correio moderno português. Este diploma fez com que os funcionários
do Correio passassem a fazer parte do Estado.
Acompanhando e tirando
partido das revoluções industriais e do desenvolvimento das infraestruturas, os
serviços de correio mostraram também evoluções significativas.
De 1910 a 1960, os Correios consolidaram a sua organização,
estrutura e pretendiam estar na linha da frente da inovação. Nos primeiros anos
da República, pretendia-se fazer chegar os serviços de correio a todos os
cidadãos nacionais. E com o Estado Novo, foram construídas estações de correio
em todo o território nacional.
A evolução dos transportes também beneficiou este serviço. Além do
comboio, o automóvel passou a ser imprescindível. E na década de 60, até por
avião circulava o correio.
Porém, apesar da modernização constante, o número de utentes deste
serviço foi crescendo irregularmente ao longo dos anos, mas a partir da década
de 60, esse número disparou.
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Autoambulâncias postais, foto de restosdecoleccao.blogspot.com |
E eis que surge, em 1970, a empresa pública CTT – Correios,
Telecomunicações de Portugal, responsável pelo serviço de correio até à data
prestado.
A velocidade da distribuição fez com que fosse criado o Comboio
Expresso Postal. E no final dos anos 70, é estipulado o código-postal. A rodovia, nos anos 80, substitui a ferrovia. Surgem ainda as
principais aplicações informáticas nas estações centrais de tratamento.
Em 1992, os correios são separados das telecomunicações, e é
criada uma nova empresa: Os CTT - Correios de Portugal SA.
Atualmente tem um leque de empresas focadas na “orientação para o
cliente; o entusiasmo em ir mais longe para ficar mais perto dos portugueses; a
excelência na prestação de serviços que superem as expetativas; a inovação
traduzida em ideias e soluções criativas que permitam alcançar novos destinos;
a confiança de que só através de uma postura responsável e íntegra se consegue
conquistar a confiança de clientes e parceiros”
Uma historinha muito bonita… mas, onde entra a Economia
Política? A aventura continua…
Por Prestar
Contas
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